O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Benedito Gonçalves, determinou que os auditores fiscais da Receita Federal suspendam imediatamente a greve iniciada em novembro de 2024. A decisão, de abrangência nacional, foi proferida na 6ª feira (06.jun.2025), e estabelece multa diária de R$ 500 mil ao Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) caso a ordem não seja cumprida. A decisão judicial atendeu a um pedido da União, que defendeu a essencialidade dos serviços prestados pelos auditores. De acordo com informações do UOL, o governo argumentou que a paralisação compromete funções vitais do Estado brasileiro, como a arrecadação de tributos e o controle aduaneiro.
A greve dos auditores fiscais começou em novembro, após impasse nas negociações com o governo federal sobre o bônus de eficiência da categoria. Segundo o UOL, ao justificar a decisão, o ministro ressaltou a importância da manutenção dos serviços públicos essenciais. A decisão também menciona os prejuízos ocasionados pela greve.
“Como atividade essencial, a interrupção de suas atividades, ou diminuição de sua performance, afeta diretamente a capacidade do Estado de manter e custear a estrutura estatal e, especialmente, de financiar e executar as políticas públicas”, afirmou o magistrado, reproduzindo os argumentos da União.
Ele acrescentou ainda que “são razoáveis as ponderações trazidas pela União quanto à manutenção dos serviços essenciais prestados pela categoria grevista, diante da necessidade de se assegurar a observância do princípio da continuidade do serviço público e o atendimento das necessidades inadiáveis da população”.
Em nota aos auditores, o Sindifisco afirmou que ainda não foi formalmente citado sobre a decisão judicial do STJ referente à greve dos Auditores-Fiscais. Segundo o sindicato, o departamento jurídico trabalhará em ações cabíveis e estratégias jurídicas.
GREVE DE AUDITORES Desde 26 de novembro de 2024, os auditores fiscais da Receita Federal estão em greve, reivindicando reajustes salariais e a reestruturação da carreira. Eles alegam que o governo descumpriu um acordo firmado no início de 2024, que previa negociações até julho, o que, segundo o sindicato, não aconteceu.
A paralisação adotou a chamada “operação-padrão”, que torna mais lenta a liberação de mercadorias em portos e aeroportos. O resultado foi um congestionamento nos terminais alfandegários, com mais de 75 mil remessas retidas, atrasos de até 21 dias e prejuízos.
Empresas e congressistas apontam perdas de R$ 3,3 bilhões só em junho e alertam que os atrasos comprometem a competitividade do Brasil no comércio internacional. Produtos essenciais como medicamentos, alimentos e cargas vivas estão sendo priorizados, mas todo o restante sofre com lentidão.
O Ministério da Gestão e Inovação afirma que já concedeu reajustes em 2024, elevando os salários da categoria para até R$ 42.700, e diz que não há novas negociações previstas.
Voltar para a listagem de notíciasEntre em contato conosco para esclarecer suas dúvidas, solicitar suporte, resolver problemas ou dar sugestões. Veja todas as opções de contato disponíveis.
Avenida Joventino Rodrigues, Lt 13 Lj 02 - Santa Luzia
Luziânia / GO - CEP: 72803-010
(61) 3621-2050
(61) 3621-4470
CRC/GO 002548/O
Sitecontabil © 2025 | Todos os direitos reservados