Quando surgiu em Chapecó (SC), em 1985, a Questor integrava um cenário dominado por pilhas de papéis, máquinas de datilografia e salas cheias de computadores de grande porte. Naquele momento, o trabalho contábil era essencialmente manual e burocrático, centrado em livros fiscais e registros físicos. Quatro décadas depois, o setor atravessa uma nova revolução, impulsionada pela automação, pela nuvem e pela inteligência artificial.
A transformação tecnológica da contabilidade no Brasil acompanhou a digitalização do Estado e das empresas. Nos anos 1990, os primeiros sistemas informatizados começaram a substituir os lançamentos em papel. Na década seguinte, a digitalização dos processos fiscais se intensificou, com a criação de plataformas eletrônicas para emissão de notas e registro de obrigações acessórias. A integração entre dados trabalhistas, previdenciários e tributários se consolidou a partir de 2010, quando a contabilidade passou a operar de forma quase totalmente digital.
“A contabilidade sempre refletiu o estágio tecnológico do país. Cada mudança de sistema ou norma exigiu adaptação, aprendizado e reinterpretação do papel do contador”, afirma João Carlos Pellegrini, CEO da Questor. Segundo ele, a digitalização também mudou a natureza do trabalho contábil. “O contador deixou de ser apenas executor de obrigações e passou a atuar como analista, ajudando empresas a tomar decisões mais informadas.”
Hoje, o processamento de dados contábeis envolve milhões de transações automatizadas por mês, eliminando etapas repetitivas e ampliando a produtividade. “Tudo o que antes dependia de digitação manual pode ser automatizado. A tecnologia permite processar milhares de CNPJs com equipes menores e mais especializadas”, explica Pellegrini.
O uso de inteligência artificial acrescentou uma nova camada a essa transformação. A Questor desenvolveu um sistema treinado com base em regras fiscais e contábeis, capaz de responder dúvidas técnicas e analisar relatórios em tempo real. “Essa inteligência foi alimentada com dados reais do sistema e entende o raciocínio contábil”, diz Guilherme Pellegrini, diretor de operações. Desde sua implantação, mais de 65 mil atendimentos foram solucionados automaticamente, indicando o avanço do aprendizado de máquina no setor.
A adoção da IA também começa a redefinir a curva de aprendizado dentro dos escritórios. Ao automatizar tarefas e cruzar informações, o contador passa a concentrar seu tempo na análise e na interpretação. “A tecnologia não substitui o profissional, mas amplia sua capacidade de análise e reduz o risco de erro”, afirma Guilherme. “Ela funciona como um assistente técnico que orienta decisões e acelera processos.”
A evolução tecnológica coincide com outro marco importante para o setor: a reforma tributária. As novas regras, que entram em vigor gradualmente a partir de 2027, trarão desafios de adaptação e exigirão maior planejamento. “Será uma fase de transição complexa. As empresas precisarão compreender o impacto das mudanças sobre o regime de apuração, créditos tributários e gestão de fluxo de caixa”, avalia João Carlos. “O domínio das informações será decisivo para quem quiser se manter competitivo.”
O percurso da contabilidade brasileira, do papel à inteligência artificial, revela uma mudança mais ampla na forma de gerir negócios. O que antes era uma rotina de registro e conformidade passou a ser um sistema de análise, integração e tomada de decisão. Quarenta anos depois, a contabilidade deixa de ser apenas um instrumento fiscal e se consolida como uma área estratégica, orientada por dados e sustentada pela tecnologia.
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